sábado, 18 de fevereiro de 2012

Fluzão bate o Bangu e vai às semifinais

O duelo mais dramático do ano até então. Isso, pelo menos, até o apito inicial. Ciente de que precisaria vencer o Bangu e torcer por um tropeço do Boavista, diante do Vasco, para avançar às semifinais, o Fluminense se comportou como o time grande que é: tomou as rédeas da partida. No fim, a premiação: 3 a 0 e a classificação, beneficiado com a vitória do Cruzmaltino.

Perigando de não se classificar à próxima fase, o técnico Abel Braga escalou uma equipe ágil para enfrentar o Bangu. Araújo e Wellington Nem, abertos, confundiam a marcação da equipe da zona oeste. Porém, diante do lanterna do grupo, ousadia maior seria sacar um dos volantes e pôr o Wagner no time, auxiliando Thiago Neves na criação. Enfim, ousado ou não, o Fluminense de Abel controlou todas as ações do duelo.

Além das boas atuações de Fred, Nem e Araújo, a primeira etapa ficou marcada pelo grande número de faltas do Bangu, parando a todo o momento os atletas das Laranjeiras. Com muita movimentação, os comandados de Abel não deixavam o adversário ver a cor da bola. O gol parecia questão de tempo.

Aos 29 minutos, Wellington Nem recebe na área e é puxado por Vinícius Leandro. Pênalti. Fred vai para cobrança e com a costumeira categoria. O goleiro acerta o canto, porém não alcança a redondinha: 1 a 0. Seis minutos depois, Nem acha Araújo livre, livre. O atacante ajeita e manda para as redes, ampliando o duelo.

Mesmo sem muito esforço, o Time de Guerreiros fazia a folia em São Januário, transformando o adversário em bobo da corte. Na etapa final, o domínio prevaleceu. Mas os jogadores do Flu pareciam mais preocupados com o que acontecia no Engenhão, entre Vasco e Boavista, do que com o próprio jogo, teoricamente liquidado, dada a inoperância banguense.

Demonstrando muita fome de bola, Nem continuava como a principal válvula de escape, dando muitas dores de cabeça para a marcação do time de Moça Bonita. Num lance em que os papéis foram trocados, Fred serviu para Wellington, que soltou a bomba! Cansado, logo depois, o jogador foi substituído por Abel. Os torcedores, claro, sem entenderem o samba-enredo na cabeça do treinador, não titubearam e gritaram “burro, burro”, abafando o som das baterias da torcida.

Dali em diante, o duelo foi conduzido de forma ainda mais calma pelo esquadrão verde, branco e grená. No sábado de carnaval, a festa ficou por conta dos tricolores. O Boavista perdeu para o Vasco e o Flu, com os 3 a 0, avançou às semifinais. Veredicto final: nota 0 para a harmonia do Bangu e 10 para o conjunto tricolor

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