domingo, 27 de maio de 2012

Flu é guerreiro, se supera e, com um menos, empata: 2 a 2

Com nove desfalques e atuando com um menos durante 50 minutos, o Fluminense empatou com o Figueirense em 2 a 2 neste domingo, no Engenhão. O Tricolor foi superior durante boa parte do jogo, mas a expulsão de Wallace no primeiro tempo foi determinado. Por alguns erros de posicionamento e sorte do adversário, acabou cedendo a igualdade por duas vezes. Marcos Júnior e Wagner marcaram para o time de Abel Braga.

O Fluminense provou no início da partida que a ressaca pela eliminação da Libertadores é coisa do passado. Envolvente, veloz e com muita disposição, o Tricolor dominou as ações do jogo.

Antes dos 15 minutos a equipe já havia criado duas boas oportunidades. O Figueirense não conseguia sair da defesa com a marcação na saída de bola feita pela equipe de Abel Braga.

Wagner, acredite, foi o melhor do time no primeiro tempo, atuando como um típico meia-armador, sua posição de origem. Distribuiu o jogo com qualidade, ajudou na marcação e esbanjou raça. Thiago Neves e os laterais também apareciam com qualidade. O gol era questão de tempo.

Aos 16 minutos, após bela troca de passes entre Samuel e Wallace, o lateral cruzou rasteiro para Thiago Neves. O meia tocou para a área, Marcos Júnior girou e chutou bonito de esquerda: 1 a 0 Tricolor.
A partir do gol, o Fluminense se retraiu, esperando uma chance para fazer o segundo no contra-ataque, que não veio. Aquela equipe do início da partida, mantendo a posse de bola e agredindo em velocidade, havia sumido. Muito em razão da dupla de ataque, que caiu muito de produção, principalmente Samuel. O centroavante, a partir do gol, errou muitos passes.

O Figueirense começou a gostar do jogo, mas só ameaçou Diego Cavalieri em um chute na entrada da área. Mas eis que inexperiência de Wallace transformou a partida num drama para o Fluminense mais uma vez. O garoto já havia tomado cartão amarelo e, após fazer falta forte na entrada da área, levou o segundo, sendo, consequentemente, expulso.

O drama começou cedo na etapa final. Aos 13 minutos, após rebatida errada da zaga, os jogadores ficaram olhando e Caio fuzilou para o gol.

O empate, porém, não desanimou os guerreiros. O Fluminense, ao contrário do primeiro tempo, ameaçava com perigo nos contra-ataques. Em um deles, conseguiu o segundo gol.

Depois de linda jogada de Thiago Neves, iludindo dois marcadores, ele rolou para Marcos Júnior. O garoto, inteligentemente, deu passe de primeira para Wagner desempatar a partida.

Mas parecem ter colocado o nome do Fluminense na macumba. O Figueirense, que mesmo com um jogador a mais pouco ameaçava, achou o gol de empate em chute despretensioso. A bola desviou e matou Diego Cavalieri: 2 a 2.

O Figueira teve algumas chances, o Flu outras, mas ficou no empate. O 2 a 2 foi um castigo pelo que o Tricolor fez na partida. Faltou tranquilidade ao jovem Wallace e mais sorte ao time.

domingo, 20 de maio de 2012

No meio da garotada, quem resolve é Leandro Euzébio: Flu 1 a 0

Recheado de atletas formados nas categorias de base, o Fluminense, com gol de um jogador experiente, venceu na estreia no Brasileiro. Sem o brilho dos jovens de Xerém, Leandro Euzébio, de cabeça, fez o gol único da vitória tricolor sobre o Corinthians.




A garotada tricolor entrou em campo neste domingo esbanjando vontade, velocidade, mas pouco futebol. Os jovens revelados no clube somados a Berna, Leandro Euzébio, Carleto e Lanzini, transpiraram bastante, embora chance clara de gol mesmo apenas uma no primeiro tempo.




O argentino Lanzini começou querendo jogo. Armando as principais jogadas, distribuía passes e, em um deles, achou o apagadinho Matheus Carvalho livre na área. Cara a cara com Cássio, chutou em cima do goleiro, que espalmou.




A zaga do Fluminense esteve muito bem, apesar da irregularidade de Fábio na proteção. Se em alguns lances desarmava com eficácia, errava passes com uma facilidade assustadora. Digão, de volante, surpreendeu, jogando com personalidade e firmeza. Já o trio de frente com Matheus, Marcos Júnior e Samuel não ameaçou a defesa corintiana, enquanto que os laterais pouco avançam.




Por falar nos homens de lado do campo, o primeiro tempo de Carleto, substituto de Carlinhos para quarta-feira, foi preocupante. Na marcação, principalmente, deixou muito a desejar. Só ameaçou em uma cobrança de falta. Ele soltou uma bomba, obrigando Cássio a bater roupa. É a grande, talvez única arma do lateral-esquerdo.




Na volta para o segundo tempo, Abel Braga preocupado com o posicionamento de Ramires, tira Lanzini e põe Jean, deixando o Fluminense ainda mais acéfalo.




Com jogadores mais experientes, o Corinthians cresceu e teve oportunidades de abrir o placar. Por sorte do Flu e uma pitada de incompetência alvinegra, a bola não entrou.




Tentando tornar o lado esquerdo mais forte, Abel Braga, que não é Santos Dumont, sacou Matheus Carvalho para a entrada de Carlinhos. Sim, o Fluminense ficou com dois laterais e, incrivelmente, houve uma melhora considerável.




Mas quem realmente alterou a história da partida foi Leandro Euzébio. Com um jogo se encaminhando 0 a 0 e sem o brilho da molecada, o zagueiro, de cabeça, marcou.




O Corinthians botou pressão, o Fluminense perdeu 400 chances em contra-ataques e três pontos na conta. Melhor, impossível.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Sob a batuta da arbitragem, Boca bate o Flu por 1 a 0

Bombonera abarrotada, sem espaços para mais ninguém. O estádio pulsava para ver Boca Juniors e Fluminense, o duelo da moda na América do Sul. Drama, nervosismo e superação foram apenas alguns dos ingredientes. No sufoco, o Tricolor, com menos um desde o primeiro tempo, perdeu apenas por 1 a 0.




Os comandados de Abel iniciaram a partida com uma postura tática exemplar. Deixando o Boca Juniors tocar a bola com facilidade apenas no campo defesa, o Flu fechava os espaços dos argentinos. Aos 11, o Tricolor quase abriu o placar, com Jean se aproveitando de uma bobeira do zagueiro do Boca. O volante encobriu o goleiro e a bola passou muito perto do gol. Poderia ter tentado o He-Man, que estava livre no centro da pequena área. Dois minutos depois, Sobis achou Rafael Moura, livre, e, por poucos centímetros, o atacante não conseguiu desviar a bola para o gol.




A partir dos 20, o time de Riquelme passou a tomar as rédeas ofensivas do jogo, muito beneficiado pela marcação de faltinhas, a todo momento, para os argentinos. Exploravam o setor esquerdo, sobretudo após Carlinhos ter recebido cartão amarelo. Ele era, aliás, a mina de ouro. Ofensivamente, Sobis e Thiago Neves corriam muito e Wagner era peça nula em campo. A bola pouco chegava ao He-Man.




os 33, Carlinhos, numa sagacidade horrenda, colocou a mão na bola para impedir um contra-ataque e recebeu o segundo amarelo. Desespero. O time passou a ser dominado. Mas no fim da etapa inicial, ajuda sensacional do árbitro para o Boca: ele ignora pênalti claríssimo para o Flu. Anderson cabeceou a bola em direção ao gol e, com o braço estendido, o argentino corta a bola. Além de penalidade, teria que expulsar o jogador. Obviamente, os atletas ficaram enfurecidos.




Na etapa completar, pouca mudança no cenário. Embora o Tricolor tenha chegado bem no primeiro lance, a equipe tricolor pouco produzia, muito em função da substituição promovida por Abel, que tirou o participativo Sobis para a entrada de Carleto. Wagner continua contribuindo em quase nada. Ao passo que, Cavalieri, impressionava com defesas milagrosas, fundamental. Anderson e Gum faziam partida honesta na defesa, apesar do abafa argentino.




Numa daquelas jogadas ensaiadas burras da defesa, o Time de Guerreiros quase entregou, deixando Schiavi aparecer livre, para uma defesa surreal de Cavalieri. A equipe de Buenos Aires diminuiu um pouco o ritmo. Marcos Jr entrou no lugar de He-Man e mais correu do que tocou na bola. Perto do fim, Digão foi a campo para a saída de Thiago Neves, no intuito de fechar mais os espaços. Deu certo. Aos 47, o Marcos Junior teve uma chance de ouro de empatar, porém a falta de experiência o fez refugar no momento no momento do arremate. Ufa. Ficou apenas 1 a 0, apesar de Carlinhos, arbitragem e Abel. Que venha a volta!!!

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Na raça Flu vira sobre o Inter e agora pega o Boca Jr.

Ânimos exaltados. Apesar da confiança do torcedor, dava para sentir a tensão do clima muito antes do jogo começar. Com o Engenhão lotado, o Fluminense foi a campo sabendo que o único resultado que lhe daria a classificação direta, era a vitória, devido ao empate em 0 a 0 no Beira-Rio.
Jogo duro,
mas o Flu se
superou e triunfou, de virada, por 2 a 1, sobre o Colorado.
Mantendo as convicções, o técnico Abel Braga pôs Edinho de titular em detrimento de Valencia. O Flu não só parecia como demonstrava nervosismo, enquanto o intrépido homem de confiança do treinador, substituto do colombiano, dava espaços para Oscar, ás da polêmica semanal. Gum e Euzébio pareciam temer Leandro Damião.
A partir daí, numa falta de virilidade de Euzébio, deixando o centroavante colorado escorar a bola como quis, originou-se a abertura do placar. Oscar passou para o 9 do Inter, que girou e bateu do jeito que deu. A bola passou entre as pernas de Carlinhos e morreu no fundo das redes, aos 13 minutos. Pareceu falha de Cavalieri também. Nem deu para os gaúchos comemorarem. Dois minutos depois, numa cobrança de falta bem feita de Thiago Neves, bingo! Leandro Euzébio, de cabeça. Gum, um pouco depois, deu a chance do goleiro tricolor se redimir. Nosso zagueiro deu um passe para o jogador do Inter, dentro da área, que fuzilou o gol do Flu, para grande defesa do arqueiro.
O destaque negativo vai para Deco. Caminhando em campo, o luso-brasileiro não era nem sombra do jogador decisivo que foi contra o Botafogo e em outras ocasiões. É verdade que ele estava recebendo marcação especial, porém errava tudo o que tentava. Quando cobrava falta pela ponta esquerda, insistia numa bola flutuante, facilitando o corte da zaga adversária ou a intervenção do goleiro colorado. O Internacional era superior. Thiago Neves compensava, assim como Sobis, correndo o campo todo. O meia, aliás, mostrou ao luso-brasileiro a maneira correta de bater falta: pôs a redondinha na cabeça de Fred, para virar o jogo, no fim do primeiro tempo. Sorte verde, branca e grená.
Na segunda etapa, o Fluminense voltou a igualar as coisas. Aos 19, Fred recebeu na pequena área e cabeceou por cima do gol. O confronto se arrastava, levando drama aos torcedores. O time não demonstrava tanto vigor tático, mas superava com raça, gana. O jogo foi se desenrolando para um fim dramático. Abel tirou Deco, Fred e Sobis para as entradas de Valencia, He-Man e Marcos Junior. Os três compuseram bem o time. No fim, os guerreiros seguraram a pressão. Ufa! Que venha o Boca!