Cavalieri salva, Deco e Samuel decidem e Fluzão segue invicto

Mesmo sem ser jogar bem, o Fluminense conseguiu vencer o Náutico por 2 a 0, neste sábado, nos Aflitos, e, beneficiado pela derrota do Cruzeiro, assumiu a liderança provisória do Campeonato Brasileiro com 15 pontos. Samuel fez os dois e Deco, mais uma vez, fez a diferença com passes precisos e Diego Cavalieri esteve intransponível.

Logo de cara ficou visível a dificuldade do Fluminense diante com campo horroroso. Até o maestro Deco andou apanhando da bola. Acostumados ao pasto dos Aflitos, os jogadores do Náutico se aproveitaram e foram tomando completamente as ações ofensivas da partida. O Tricolor ficou claramente acuado.

Porém, a superioridade pernambucana não se justificava apenas na grama ruim. Afinal, em vários momentos o Náutico conseguia fazer penetrações nas costas dos zagueiros tricolores e também contava com erros na saída de bola do Flu. Mesmo mal na partida, foi o Time de Guerreiros quem saiu na frente. E o gol saiu da única maneira que dava. Em cobrança de falta de longa distância, Deco (sempre ele) achou Samuel livre para tocar de cabeça.

A vantagem, no entanto, não trouxe a tranquilidade necessária, pois o Timbu seguiu melhor. Não fosse Diego Cavalieri salvar com defesas espetaculares em dois lances cara a cara com Souza, o Tricolor teria ido para o vestiário no intervalo perdendo e não com a vitória por 1 a 0.

Na volta para a segunda etapa o panorama não mudou em nada. Em menos de dez minutos o Náutico já havia desperdiçado duas chances claras com Kim. Numa delas, Diego Cavalieri, mais uma vez, foi brilhante e evitou. Na outra, cabeceou para fora. O Fluminense, ao menos, dava a impressão que poderia matar o jogo no contra-ataque.

E foi isso mesmo que aconteceu. Num contragolpe Deco (isso mesmo, mais uma vez ele) achou Jean livre com um lindo passe. O volante carimbou o goleiro, mas Samuel estava atento no rebote para marcar o seu segundo gol na partida e deixar o Fluzão com a mão na vitória.

A partir daí, o Náutico acusou o golpe e praticamente entregou os pontos. Aí foi só esperar pelo apito final para assegurar os três pontos.

Fluzão goleia de novo e fica a dois pontos da liderança

O Fluminense teve uma atuação segura e, através das bolas aéreas, garantiu sua terceira vitória no Brasileiro, a segunda consecutiva. Com gols de Samuel, Gum e Gilson, contra e Deco, derrotou o Atlético-GO por 4 a 1 no Serra Dourada. O Tricolor agora é o quinto colocado com 12 pontos, dois a menos do que o líder Cruzeiro.

A impressão que se teve na primeira etapa foi a de que o Fluminense poderia ter decidido o jogo nos quarentos e cinco minutos iniciais. O time trabalhou bem a bola, de um lado para o outro, mantendo a posse, fez dois gols e poderia ter feito mais.

O início da partida causou certo temor nos tricolores. Mesmo com o Flu controlando o jogo, o Atlético-GO, com um belo chute de fora da área de Ernandes, inaugurou o placar. O gol, porém, não abalou a equipe carioca, serena na partida.

Poucos minutos depois, Bruno cruzou na área, o pequenino Wellington Nem cabeceou para defesa do goleiro Márcio e, no rebote, Samuel, enfim, anotou o seu primeiro gol como profissional. O atacante, aliás, embora pouco participativo com a bola nos pés, brigou muito.

O desempate não demorou a sair. Após cobrança de falta de Deco, Gum aproveitou falha de Márcio e, de cabeça, marcou o segundo.

O Fluminense teve oportunidades de balançar a rede mais duas vezes, com Deco e Wagner, mas ambos desperdiçaram. O Atlético-GO ameaçava nas bolas alçadas na área, ponto fraco do Tricolor, e em chutes na entrada da área, devido à falha de marcação que havia por ali.

Quem destoou foi Bruno. Ruim na marcação, péssimo no apoio, errou tudo que tentou. Deco armava boas tramas de ataque, Jean controlava no meio e, por baixo, os zagueiros mostravam segurança.

Aos seis minutos do segundo tempo, o Fluminense matou o jogo. Depois de cobrança de escanteio, Anderson raspa de cabeça e Gilson faz contra. Muito superior ao Atlético-GO, o time de Abel se limitou a tocar bola, enquanto o adversário errava passes em sequência e chutes tortos.

Ainda teve tempo para mais um. Gilson derrubou Marcos Júnior dentro da área. Deco, de pênalti, fechou o caixão rubro-negro. Segunda vitória consecutiva, invencibilidade garantida e a dois pontos da liderança. Rumo ao tetra!

Magistral, Deco dá três assistências e Flu goleia a Lusa

Sábado, 21h. Um horário completamente ingrato para os torcedores. E lá estava o Fluminense em campo, contra a Portuguesa, pela quinta rodada do Brasileirão com um objetivo único: conquistar os três pontos, quebrando a série de três empates consecutivos. Com surpresas apresentadas por Abel, sobretudo a entrada de Wallace no lugar de Bruno e futebol “pro gasto”, o Time de Guerreiros bateu a Lusa por 4 a 1 com direito a show de Deco.

A equipe das Laranjeiras começou a partida num bom ritmo, tocando bem a bola, tomando as rédeas. Diferentemente de outras oportunidades, Fred parecia um garoto, correndo com a redondinha nos pés, tentando o drible, arrancando e buscando tabelas. Wellington Nem alugava um território na ponta direita e de lá não saía, ousado. Pecava pela pouca eficiência nos lances, embora chamasse, quando possível, a responsabilidade.

Contudo, o grande nome do jogo, como não poderia deixar de ser, foi Deco. Abusando da categoria, com passes milimétricos, o atleta colocava no bolso os marcadores, deixando os companheiros de clube em boas condições. Carleto e Wallace, apesar da expectativa que girava em torno da participação deles, acabaram sendo discretos, mesmo com o ímpeto demonstrado nos lances. Edinho, para variar, destoava. Depois de alguns sustos da Lusa, chegando bem no ataque, um passe de trivela de Jean encontrou Fred, aos 41. Com inteligência, o camisa 9 pegou de primeira, quase fazendo um belo gol. No rebote, Wellington Nem apareceu bem, empurrando para as redes.

Aos seis da etapa complementar, Deco arranca num lindo contra-ataque, deixa o marcador na saudade, dando um drible seco e descola ótima assistência para Nem, que deveria ter tocado de primeira para área ou arriscado o chute. Demorou dois segundos e o passe foi cortado pela zaga. No escanteio, o maestro luso-brasileiro cobrou com perfeição para o lindo cabeceio de Anderson, ampliando o marcador.

O Fluminense vencia, mas não convencia. Tanto que a Portuguesa teve boas oportunidades. Numa delas, Léo Silva colocou na cabeça de Ricardo Jesus, se antecipando facilmente ao zagueiro Anderson. Cavalieri pouco pode fazer no lance do gol. Um minuto depois, quase que os paulistas empatam, numa nova desatenção do Time de Guerreiros. Vandinho recebeu lançamento, livre, da intermediária e cabeceou no travessão. Susto desnecessário.

Mas o dia era de Deco. Em novo lançamento espetacular, o meia achou Fred, que dominou com estilo no peito e bateu rasteiro, fazendo 3 a 1, aos 34, quando a equipe tricolor era inferior. Faltando quatro minutos para o fim, o genial Deco deu mais uma assistência açucarada. Lanzini, que tinha acabado de entrar, chutou cruzado, dando números finais ao duelo. Goleada tricolor, no dia em que a andorinha Deco, sozinha, conseguiu fazer verão: 4 a 1.

Flu joga muito mal, aceita marcação colorada e não sai do zero

Apático e sem inspiração, o Fluminense não saiu do 0 a 0 com o Internacional, neste domingo, no Engenhão. O time até começou melhor, teve oportunidades, mas depois aceitou a marcação colorada e caiu num marasmo que durou até o último minuto da partida.

Com o trio Deco, Wellington Nem e Fred, o Fluminense poderia ter aberto o placar logo no início da partida. Em dez minutos, três chances claras desperdiçadas.

Quase todas tiveram participação de Deco, o melhor da etapa inicial. Nas duas primeiras, faltou caprichar no último passe. Na terceira, o meia deu lançamento preciso para Carleto. De primeira, o lateral tocou para Wellington Nem, que fintou o zagueiro e chutou. Fred ainda tentou esticar o pé, mas a bola saiu pela linha de fundo.

Mas, a partir daí, o Fluminense caiu de produção e o Inter, com muitosdesfalques, também não apresentava muito perigo e o jogo ficou ruim de se ver.

Em lance esporádicos, Tricolor e Colorado ainda tentavam criar, mas pecavam no último passe. Do lado carioca, sempre pelos pés de Deco, o Flu teve até volume de jogo, foi mais presente no ataque, mas os cruzamentos errados e preciosimo, com muitos toques de calcanhar desnecessários, impediram que as jogadas tivessem evolução.

O Fluminense conseguiu voltar ainda mais vagaroso para o segundo tempo. Parecia estar jogando um mero amistoso. O Internacional, diante de suas limitações, conseguia chegar bem até a grande área, quando (ainda bem) errava no passe final.

Oportunidade de gol, apenas uma, com Wellington Nem após toque de que? Sim, Deco. Sempre ele.

Na tentativa de mudar o jogo, que estava numa morosidade só, Abel Braga sacou Wagner, Wellington Nem e Fred para as entradas de Lanzini, Matheus Carvalho e Samuel, respectivamente.

Com os três em campo, o jogo ficou ainda pior. O Internacional, com time misto, fez o papel dele, torcendo para a partida acabar e sair do Rio com um ponto.

A última chance tricolor na partida foi aos 42 minutos, com Lanzini, de cara para o gol, mas ele errou o domínio e a bola sobrou para Muriel. É o terceiro empate do Fluminense em quatro jogos e quatro pontos perdidos em casa.